quarta-feira

Grupo Alvo 2010/2011

EDUC@RTESPECIAL
As Artes e as Tecnologias na Educação Especial

O grupo de alunos de Educação Especial da EB 2,3 de S. Torcato
 (Decreto.Lei n.º 3/2008; art.º16.º; alínea e):

Aluno
Ano
Problemática/Perfil de Funcionalidade
MA
9.º Ano
Portador de Síndrome de Charge, doença congénita à qual se encontram associados inúmeros problemas físicos, bem como um atraso de desenvolvimento (baixa visão; perda auditiva severa e uma paralisia facial). No processo comunicacional, é portador de dislália fonético-fonológica múltipla, apresentando grandes dificuldades a nível articulatório. Revela ainda algum nível de labilidade psico-afectiva, recorrendo a estratégias comportamentais desadequadas na resolução de problemas.
JM
7.º Ano
 Jovem portador de problemas motores (ausência do braço direito), visuais (visão monocular) e Distrofia Crânio-Facial. Em resultado, o João apresenta um atraso global do desenvolvimento, marcado sobretudo ao nível da motricidade, necessita de ajuda ao nível dos auto – cuidados, em especial no banho e nas refeições.
JP
6.º Ano
Apresenta défice cognitivo acentuado, evidenciando registos de défice de atenção associados a alguma impulsividade. Neste quadro, evidencia-se ainda grande perturbação ao nível da linguagem e expressão, o que interfere ao nível da comunicação, com discurso pouco inteligível, não articulando palavras, comunicando por sons soltos.
RA
6.º Ano
Jovem com défice cognitivo, denotando um padrão de mutismo selectivo.
MX
6.º Ano
Jovem com défice cognitivo grave, sendo que a retenção e recuperação de informação se encontram bastante prejudicadas.
RS
5.º Ano
Desenvolvimento cognitivo global muito inferior ao esperado para a sua idade cronológica. Graves lacunas no processo de manutenção intencional da atenção, com padrão comunicativo tímido e inibido, que reflecte a sua insegurança e baixa auto-confiança. Exibe um estilo passivo e inibido de relações, com excesso de comportamentos de isolamento, indecisão e insegurança, numa perspectiva de autoconceito negativo.
DN
5.º Ano
Jovem com Distrofia Muscular de Duchene, doença congénita crónica, degenerativa, com atingimento muscular progressivo necessitando de apoios múltiplos para minorar a evolução negativa da doença.                  

Resultados Esperados
O grupo de trabalho envolvido neste projecto perspectiva obter impactos ao nível do desenvolvimento de competências dos alunos, na medida em que as tecnologias e as artes na educação especial, enquanto instrumentos de simplificação e facilitação do processo de comunicação e interacção inerente a um ambiente educativo, funcionam de acordo com uma lógica construtivista de reforço da autonomia do jovem com necessidades educativas especiais.
A experiência de participação baseada na interacção refere-se à possibilidade de aceder através de diversas modalidades, visuais, sonoras ou auditivas, aos mais variados recursos e conteúdos, facilitando a descoberta de novos caminhos que podem mudar radicalmente as formas de aprendizagem, o desenvolvimento intelectual, afectivo e comportamental. Deste modo, esta articulação transdisciplinar é um facilitador no incremento da actividade e participação dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, com reflexos imediatos no seu perfil de literacia funcional e multisensorial, com ganhos significativos em todas as áreas de intervenção.
Assim, e de acordo com os recursos disponibilizados, a seguir se enumeram alguns dos resultados que se espera obter: 
  • Reforço de várias das competências de literacia, pela promoção da vertente lúdica, no sentido em que a ludicidade e cultura participativa são meios através dos quais os jovens participam na vida comunitária. As situações lúdicas, nomeadamente, a recriação, o lazer, o brincar, o jogar, o pintar, contribuem para que no futuro sejam cidadãos mais abertos e mais receptivos à colaboração, mais capazes para a resolução de problemas, permitindo uma melhor compreensão de si próprio e dos papéis sociais a desenvolver, na senda da cidadania e autonomia; 
  • Desenvolvimento da consciência fonológica, através de programas interactivos multimédia, na medida em que a sua componente áudio permite trabalhar questões de pronúncia, bem como proporcionar leitura silabada ou centrada em segmentos fonémicos. 
  • Encorajamento da produção de discurso mais complexo e fluente ou estimulação de vocalizações em crianças com perturbações da fala, uma vez que os jovens são estimulados a usar a linguagem, encorajando-se a exploração e a fantasia, fazendo relatos enquanto desenham, deslocando objectos, ou “escrevendo”. 
  • Desenvolvimento de competências ao nível de vocabulário, sintaxe e reconhecimento de palavras, com ganhos significativos na compreensão da estrutura narrativa das histórias (“escrever histórias”; “ler histórias”; criação de livros electrónicos (ebooks)); 
  • Incentivo à comunicação e desenvolvimento da apetência pela escrita, pelas muitas possibilidades evidenciadas pelo uso do correio electrónico; 
  • Desenvolvimento da leitura e da escrita de uma forma mais global e funcionalmente significativa, integrada no conjunto de outras actividades e servindo necessidades reais, como escrever uma receita, um aviso, uma lista de compras, etc. (funcionalidade), pela utilização de processadores de texto. 
  • Estimulação da emergência de alguns conceitos matemáticos tais como, reconhecimento de formas, contagem e classificação, favorecendo igualmente o desenvolvimento de conceitos de simetria, padrões, organização espacial, entre outros.  
  • Documentação de experiências vividas pelas crianças no âmbito da sua comunidade ou noutros contextos, facilmente editáveis sob a forma de boletins informativos (Newsletters), no blogue Edu@Especial (http://apoioseduc.blogspot.com/) ou no site da escola (http://www.aevst.com/), com recurso a câmaras digitais na captação dos momentos mais significativos, na promoção dos níveis de auto-estima e auto-conceito;
  •  
    A Equipa do projecto
     

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